Ao longo da Festa da Cereja, que durou quatro dias, de 7 a 10 de junho, venderam-se 17 toneladas do fruto encarnado que soube-se agora, de acordo com uma investigação científica, ajuda a combater o Alzheimer.
Quanto às expetativas para a edição deste ano, o município alfandeguense confessa que eram elevadas, contudo, adianta, que as mesmas foram “superadas”. “A Festa da Cereja de Alfândega da Fé foi, novamente, um sucesso e continua a destacar-se como uma das grandes montras da região”, noticia o executivo.
Facto é que foram milhares de pessoas a visitarem Alfândega e a provarem o que de melhor se faz e o que de melhor oferece a terra que é já um destino marcado na agenda de centenas de famílias todos os anos.
Num certame em que a cereja foi, é e continuará a ser rainha, tendo sido esta uma época excecional no que ao fruto vermelho diz respeito, quer em quantidade, quer, sobretudo, em qualidade. Em termos de contabilização, os sete produtores de cereja presentes no certame venderam, no total, cerca de 17 toneladas de um fruto caraterístico de Alfândega a que ninguém consegue ficar indiferente.
Para além do grande destaque do certame, houve, ainda, merecido espaço para produtos locais e regionais como os enchidos, o vinho, o mel, o queijo, a amêndoa, o azeite e os doces típicos trazidos por uma centena de expositores que não deram por perdido o tempo passado em Alfândega da Fé.
De salientar, também, que o projeto gastronómico Alfândega da Fé à Mesa com pratos típicos continuará a representar uma sólida aposta da autarquia nos anos que se avizinham, na tentativa de melhorar e dinamizar continuamente a restauração local. A justificar tamanho investimento, estiveram na "cozinha", através de "showcookings", o Chef Marco Gomes e Maria (ver minientrevista, em baixo) a vencedora do programa televisivo de êxito da TVI, o MasterChef Júnior, ambos naturais de Alfândega.
A vinda de artistas de luxo também contribuiu, decisivamente, para o sucesso do certame. Minhotos Marotos, Per7ume, DAMA e Cuca Roseta não deixaram os seus créditos por mãos alheias, justificando o porquê de serem tão requisitados e consagrados no mundo do espetáculo.
E como a Festa da Cereja pretende impulsionar o turismo como um dos fatores de desenvolvimento do concelho, os alojamentos turísticos não poderiam estar ausentes. A este propósito, a autarquia garante que irá continuar a incentivar o aumento dos alojamentos turísticos, que já são insuficientes para o potencial turístico de Alfândega da Fé e para o aumento de visitantes que se tem verificado. Até porque durante os quatro dias do maior evento concelhio, os alojamentos turísticos do concelho estiveram lotados.
Outra das iniciativas de grande relevo é o Encontro de Pastores, que o município pretende "continuar e alargar". Nesta edição, os animais foram "embelezados" pelos “enfeites” de um grupo de amigas do Centro de Interpretação do território de Sambade.
Para terminar, resta dizer que as associações locais, constantemente apoiadas pelo município, mostraram o seu dinamismo, por exemplo, na organização do encontro de bombos, na demonstração de artes marciais, entre outras. “Os nossos grupos de cantares de Alfândega da Fé e Sambade também marcaram presença, o projeto “Alfândega da Fé Running Place” da Associação Recreativa Alfandeguense atraiu centenas de praticantes e tem vindo a crescer e a consolidar-se, trazendo novamente o atletismo para a Festa da Cereja como era tradição”, conclui o executivo alfandeguense, ciente do esforço e da dedicação empregues na realização de um certame que é já uma referência, não só em Trás-os-Montes como, também, a nível nacional e que muito tem contribuído para o desenvolvimento económico, social e turístico da região em que se insere.
ENTREVISTA EXCLUSIVA, EM VÍDEO, A CUCA ROSETA:
http://www.kapitaldonordeste.pt/cuca-roseta-em-entrevista-exclusiva-kne
Entrevista a Maria Manuel, vencedora do MasterChef Júnior
MARIA NA KAPITAL (ao quadrado):
"Cozinhar está-me no sangue"
KNE: Como é que é regressar a Alfândega da Fé?
Maria: Vir para cá aos fins de semana é ótimo! Tenho cá as minhas amigas, as pessoas que eu sempre conheci toda a minha vida e, por isso, eu gosto muito de vir cá, obviamente.
KNE: O que é que acabou de acontecer aqui?
Maria: Fiz um showcooking, que é onde eu cozinho para as pessoas, onde dou uma espécie de aula. Estou a ser professora durante um tempinho e a ensinar uns truques. As pessoas estão a ver as receitas que eu faço e, hoje, decidi fazer um bolo Red Velvet.
KNE: Tens noção que o teu showcooking durou cerca de hora e meia?
Maria: Durou uma hora e meia? Sinceramente, não fazia ideia porque quando eu entro em modo Chef numa cozinha esqueço tudo, esqueço as horas, o tempo e nem dou conta. Adoro!
KNE: Estás, neste momento, em Lisboa. Porquê a Capital?
Maria: Eu fui para a Capital em setembro porque tinha de escolher uma área. Eu queria o curso de Artes, mas, agora, estou a tirar o curso de Design de Moda. Serão três anos, até ao 12º ano. Não foi uma decisão só minha, foi, também, da minha mãe. Porquê Lisboa? Muitas das vezes era obrigada a ir para Lisboa em trabalho e é uma cidade que não é aqui ao lado. E, depois, eu sempre quis tirar um curso de moda. Foi quase como juntar o útil ao agradável...
KNE: E estás a gostar?
Maria: Estou a gostar muito e viver com a minha irmã é espetacular!
KNE: Mesmo com o curso de Design de Moda, a cozinha não está posta de lado?
Maria: A cozinha, obviamente, não está posta de lado. Aliás, estou prestes a lançar um blog de receitas e não só, um blog da Maria. Vou cozinhando sempre que possível, faço showcookings várias vezes e cozinhar está-me no sangue.
KNE: Tu já tinhas um projeto na internet onde davas, por exemplo, "dicas de moda". Continuas com esse conceito?
Maria: Sim! Aliás, eu continuo a dar as minhas dicas, hoje, mais no Instagram, mas, também, estou no Youtube, pontualmente, e agora vou arrancar com esse projeto do blog, onde vou ter receitas, dicas e tudo aquilo que se possa pensar. Vai ser a minha casa! Ainda não temos uma data definida, mas já está a ser contruído e trabalhado e, agora, é só ser lançado.