O primeiro vice-presidente da bancada do PSD, Adão Silva, garante que será candidato nas eleições para a liderança do grupo parlamentar marcadas para esta quinta-feira, dia 17 de setembro, mantendo a intenção anunciada em março.
Contactado hoje pela Lusa, o deputado Adão Silva remeteu a apresentação da sua lista para a próxima semana, mas afirmou que irá manter os nomes anunciados há seis meses, e que passam pela continuidade dos atuais ‘vices’ de Rui Rio - Carlos Peixoto, Luís Leite Ramos, Clara Marques Mendes, Ricardo Baptista Leite e Afonso Oliveira - e acrescentando como novidade nas vice-presidências a deputada Catarina Rocha Ferreira.
O presidente e líder parlamentar do PSD, Rui Rio, convocou hoje as eleições para escolher a futura direção da bancada para 17 de setembro, com a apresentação de candidaturas até dois dias antes.
Estas eleições para escolher o sucessor de Rui Rio como líder parlamentar chegaram a estar marcadas para março, mas foram adiadas devido à pandemia de Covid-19 e, depois, para a atual direção concluir a reestruturação administrativa no grupo parlamentar e na sede.
De acordo com a convocatória a que a Lusa teve acesso, a eleição da Comissão Permanente dos Coordenadores e Vice-Coordenadores da Direção do Grupo Parlamentar decorrerá entre as 15:00 e as 18:00 de 17 de setembro, na Assembleia da República, e as listas devem ser apresentadas até às 18:00 do dia 15 de setembro.
Quando as eleições para a direção da bancada estiveram marcadas para 19 de março - Rio tinha assegurado que deixaria o cargo depois do congresso e de concluir uma reorganização interna -, o primeiro vice-presidente do grupo Adão Silva apresentou-se então como o único candidato.
Rui Rio foi eleito líder da bancada do PSD em 06 de novembro do ano passado por 89,87% dos votos, cargo a que concorreu sem oposição. Na eleição, votaram os 79 deputados do PSD, tendo 71 votado “sim” e registando-se seis votos brancos e dois nulos.
Rui Rio tem, atualmente, seis vice-presidentes na direção da bancada (menos um do que teve o seu antecessor, Fernando Negrão): como primeiro ‘vice’ o deputado e agora candidato à sua sucessão, Adão Silva (Bragança), seguindo-se Carlos Peixoto (Guarda), Luís Leite Ramos (Vila Real), Clara Marques Mendes (Braga), Ricardo Baptista Leite (Lisboa) e Afonso Oliveira (Porto).
Adão Silva e Carlos Peixoto transitaram da anterior direção parlamentar, liderada por Fernando Negrão, enquanto Luís Leite Ramos já tinha sido ‘vice’ sob a presidência de Hugo Soares.
Nos últimos meses, a direção da bancada alargada registou duas ‘baixas’ com a demissão de Álvaro Almeida das funções de coordenador na Comissão de Saúde e de vice-coordenador na Comissão de Orçamento e Finanças e de Pedro Rodrigues do cargo de coordenador da bancada na Comissão de Trabalho e Segurança Social, este último invocando "falta de confiança" do presidente do partido e do grupo parlamentar, Rui Rio.
BIO: ADÃO SILVA
Político português, nascido em 1957, licenciou-se em 1982 em Línguas e Literaturas Modernas / Estudos Portugueses e Franceses pela Faculdade de Letras do Porto. Aos 22 anos começou a dar aulas no ensino secundário, mas viria também a lecionar em institutos privados de ensino superior. A sua atividade de dirigente político começou em 1986 na Juventude Social Democrata de Bragança, tendo a partir daí desempenhado vários cargos a nível distrital dentro do partido. Em 1987 foi eleito deputado à Assembleia da República, onde fazia parte da Comissão Parlamentar da Juventude. Em 1989 chegou à presidência da Assembleia Municipal de Bragança, onde esteve até 1993, altura em que passou a ser vereador da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros. Regressou quatro anos depois à Assembleia Municipal de Bragança. Entretanto, em 1993 tinha voltado à Assembleia da República, onde esteve até 1995, tendo desta vez passado pelas comissões parlamentares de Saúde, Timor-Leste e de Petições. Entre 1999 e 2002 voltou a ser deputado nacional, passando pelas comissões parlamentares de Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ética e Timor-Leste. Em abril de 2002 passou a integrar o Governo liderado pelo primeiro-ministro social-democrata Durão Barroso como Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde. FONTE: Infopédia
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