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Rio afirma em Macedo que anunciará a posição do PSD relativa ao OE2020 esta terça-feira

O presidente do PSD, Rui Rio, revelou que divulgará na terça-feira a posição do partido em relação à proposta de Orçamento do Estado para 2020 apresentado pelo Governo socialista.

O líder do partido indicou que a posição do PSD será oficializada depois daspequenas jornadas parlamentaresdo PSD agendadas para terça-feira, na Assembleia da República.

Rui Rio considerou, ontem, que “esse é o momento ideal para o PSD fazer a sua análise aprofundada e dizer oficialmente aquilo que vai ser a sua posição de voto na generalidade no fim da próxima semana”.

Rio falava em Macedo de Cavaleiros, à margem de uma reunião com militantes do PSD do distrito de Bragança, no âmbito da recandidatura à liderança do partido.

O líder social-democrata disse ainda aos jornalistas que já estudou a proposta do Governo do Orçamento do Estado naquilo que lhe “é possível estudar, um pouco do ponto de vista técnico, bastante do ponto de vista político”.

Rui Rio ressalvou que no debate da especialidade, que se seguirá à votação na generalidade, é que estarão disponíveis “todos os pequenos pormenores no âmbito do articulado da Proposta de Lei” para um debate mais aprofundado.

 

Rio diz que mensagem do Presidente da República coincide com discurso do PSD 

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou, ontem, que a mensagem de Ano Novo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, coincide com o que tem dito e com o discurso do PSD.

Para o líder da oposição, a leitura que o chefe de Estado faz do país “é muito próxima daquilo que tem sido o discurso que o PSD tem feito”.

Acho que foi uma intervenção que eu considero normal para ser feita no início de um ano e que coincide com aquilo que eu tenho dito também”, declarou, em Macedo de Cavaleiros, à margem de uma reunião com militantes do distrito de Bragança, no âmbito das eleições internas no PSD.

Rio observou que o Presidente da República “apontou alguns defeitos à governação do PS, designadamente a degradação dos serviços públicos ao nível da saúde, ao nível da segurança, particularmente estes dois”.

Marcelo Rebelo de Sousa pediu também que a oposição seja uma oposição forte e Rui Rio respondeu: “Com certeza, nós estamos aqui para ser fortes, não é para ser fracos”.

O líder social-democrata lembrou ainda as palavras do chefe de Estado de que “os partidos deveriam procurar entendimentos sempre que isso for do interesse nacional”.

Isso bate completamente com aquilo que eu ando a dizer desde que sou presidente do PSD, e antes já dizia a mesma coisa: o interesse nacional tem de estar à frente do interesse dos partidos e, nesse sentido, sempre que houver essa necessidade, os partidos devem procurar entender-se em nome de Portugal”, afirmou.

 

Rio não colocou presidenciais na moção “de propósito”

O candidato à liderança do PSD Rui Rio afirmou, também, que deixou de fora da moção de estratégia as eleições presidenciais propositadamente por respeito ao chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.

Rio explicou que a ausência das presidenciais da moção ontem divulgada “é de propósito, porque nas eleições presidenciais não são os partidos que indicam candidatos, são os candidatos que se propõem e depois os partidos apoiam ou não apoiam”.

Aquilo que está mais em cima da mesa, naturalmente, é a recandidatura ou não do professor Marcelo Rebelo de Sousa que, ele próprio, pediu para se respeitar a posição dele, que dirá o que vai fazer no momento próprio”, concretizou, acrescentando: “Portanto, se ele vai dizer o que fazer no momento próprio, eu vou respeitar isso”.

Do ponto de vista tático, se um partido começa a apoiar um candidato por antecipação, se depois por acaso esse candidato não se candidata, depois a nossa escolha é sempre uma segunda escolha”, assinalou o líder do PSD.

Para Rui Rio, tem de haver ponderação.

Nós também temos de ter equilíbrio, ponderação e bom senso, que é o que a experiência traz. Quando não temos tanta experiência assim, disparamos de qualquer maneira para produzir uma notícia, mas depois temos o médio prazo a seguir”, continuou.

Rui Rio esclareceu que a meta de 2021 definida na moção para o PSD estar pronto a governar Portugal corresponde aos dois anos de mandato em que se propõe fazer esse trabalho como presidente do partido.

Obviamente que durante estes dois anos o PSD tem de se preparar ainda melhor para governar, sendo certo que está consciente que, por um lado, a legislatura deve durar quatro anos, mas pode não durar quatro anos”, declarou, adiantando que não está todavia à espera que “dure seis meses, nem sete”.

Sobre a forma como pretende governar se for reeleito e o PSD for Governo, Rio entende que “no atual sistema partidário é relativamente difícil a qualquer partido ter uma maioria absoluta”.

Só dois partidos têm condições de ganhar eleições em Portugal, o PSD e o PS, e a probabilidade de ganharem com maioria absoluta é muito difícil. Se continuarmos com o sistema partidário tal e quela como ele está, qualquer governo terá sempre de conseguir um apoio num outro partido”, considerou.

Segundo Rui Rio, a mensagem que quer passar nesta moção prende-se com “as prioridades do PSD para os próximos dois anos e que têm a ver com as eleições autárquicas, com a abertura do partido à sociedade e com a forma como deve fazer oposição ao PS”.

Na sua opinião, essa oposição “deve ser construtiva e não de forma destrutiva”.

Nas reuniões como a de hoje, em Macedo de Cavaleiros, Rui Rio, diz que tem encontrado “entusiasmo”, mas nota nos militantes “transversalmente algum cansaço”, o que considera “compreensível” pelo número de eleições internas e nacionais nos últimos dois anos.

O presidente e candidato à liderança do PSD está convencido de que as eleições internas ficarão decididas à primeira volta, mas “os militantes é que vão votar e é que vão dizer como é que é”.

As eleições diretas do PSD realizam-se no dia 11. Além de Rui Rio, são candidatos o antigo líder parlamentar social-democrata Luís Montenegro e o atual vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz. Se nenhum deles obtiver mais de 50% dos votos, disputa-se a segunda volta, uma semana depois.

 

FOTOGRAFIA: BMF

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