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Organização da Norcaça, Norpesca e Norcastanha considera que certame foi “um sucesso”

Decorreu entre os dias 31 de outubro e 3 de novembro, a Feira Internacional do Norte. Ao entrar na idade adulta, a 18ª edição da Norcaça, Norpesca e Norcastanha foi, de acordo com a organização, “um sucesso”, tendo recebido durante o fim-de-semana prolongado milhares de visitantes, entre portugueses e espanhóis.

Logo no primeiro dia, ainda antes da cerimónia oficial de inauguração do certame, presidida pelo edil brigantino Hernâni Dias e pelo convidado espanhol, o presidente da Diputación de Zamora, Francisco Requejo Rodriguez, numa clara atitude de aposta na cooperação transfronteiriça, teve lugar o XII Fórum Internacional dos Países Produtores de Castanha.

Quinta-feira, o dia de abertura, terminou com o Seminário Norcaça/Norpesca, onde se debateram temas como “A Prevenção da Peste Suína Africana e a Gestão da Caça Maior na Região Transmontana” e “Zonas de Pesca Núdica do NE de Portugal: da Experiência Adquirida aos Desafios Futuros”. Temas que proporcionaram e incentivaram uma reflexão profunda sobre o futuro destes setores e a sua importância a nível económico no território em que se inserem.

Já na sexta-feira, tiveram lugar de destaque as demonstrações gastronómicas pelas mãos do Chef Flávio Gonçalves, da Chef Maria do Carmo e de Eurico Castro. Verdadeiros especialistas no que ao invocar das tradições e memórias gustativas diz respeito, até pela procura incessante de sabores, sobretudo, aquando da mescla de inovação e sofisticação com os saberes ancestrais da região.

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O feriado de 1 de novembro encerrou com classe e estilo, naquele que foi o momento mais aguardado do segundo dia do certame, a já habitual passagem de modelos com uma multidão considerável a assistir ao desfile. 

Sábado, a Feira Internacional do Norte teve início com um vasto programa dirigido a todas as idades, mas com particular incidência nos mais novos. O já conhecido Ouriço de Contos encantou a pequenada logo pela manhã, seguindo-se a mini-Chef Maria, natural de Alfândega da Fé e vencedora do programa televisivo líder de audiências da TVI, o MasterChef Júnior, com a sua habitual simpatia aliada às suas capacidades inatas de gastronomia.

Também o reputado Chef António com os seus formandos do IEFP, bem como o workshop sobre alterações à Lei das Armas e Julgamentos – Ritual Venatório caraterizaram o penúltimo dia do certame.

Finalmente, o dia mais aguardado pelos amantes do desporto, da caça e da pesca. Domingo foi, sem dúvida, o mais preenchido com diversas atividades, em simultâneo, dirigidas a vários tipos de público. As finais dos Campeonatos Nacionais de Santo Huberto, vencidas por Valdemar Costa, a final do Campeonato Nacional de Tiro aos Pratos, conquistada pelo filho da terra Antero Ferreira, a Montaria ao Javali, o convívio de pesca de margem na Barragem do Baixo Sabor, a prova de Santo Huberto – Troféu Norcaça em Outeiro, a prova de Caça Prática e Cães de Parar, os Concursos Nacionais de "Ovinos de Raça Churra Galega Bragançana (Branca e Preta)" e da "Cabra Preta de Montesinho", a exposição canina especializada de cães de parar, a prova de avaliação de cães de caça, demonstrações de pesca em lago artificial e o Grande Capítulo da Confraria Ibérica da Castanha foram, somente, algumas das iniciativas que fizeram deste evento um êxito, de acordo com o Município de Bragança.

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A somar, a Maratona Ibérica da Castanha em BTT que se dividiu em Maratona de 60 quilómetros e Meia Maratona de 35 quilómetros, tendo contado, nesta edição, com a maior participação de sempre. Entre os cerca de 520 ciclistas em competição por entre soutos que, de outono, pintam algumas das mais belas paisagens nordestinas, Cândido Barbosa com a dorsal número um, Manuel Zeferino, Pedro Cardoso e César Quitério contribuíram para a visibilidade de um evento que é já considerada a maior prova de BTT de Trás-os-Montes. “Foi a prova mais participada neste tipo de iniciativas aqui na Feira da Castanha, este ano tivemos 520 participantes, mas é um evento que está a crescer e sentimos que aquilo que foi feito com tantos concelhos do país aqui representados nesta maratona e aqueles que vieram de Espanha é, seguramente, um bom princípio para continuarmos a trabalhar desta forma”, declarou o autarca brigantino a respeito da Maratona Ibérica da Castanha em BTT. “Tivemos um padrinho especial, o Cândido Barbosa que nos deu a honra de estar aqui e ser o padrinho desta iniciativa que trouxe a Bragança imensa gente”, reiterou Hernâni Dias, acrescentando que houve “algumas categorias vencidas por pessoas de Bragança, o que significa que o desporto a nível de ciclismo está a crescer na nossa zona”.

E se de manhã o BTT era a modalidade rainha, à tarde a Gincana de Tratores destronou o pedalar pelo ronco dos motores e a comprová-lo, apesar da lama, do frio e da ameaça constante de chuva, uma multidão de entusiastas que fez questão de não arredar pé. Entre 15 candidatos, José Prada revelou-se um mestre das perícias com e sem atrelado ao conseguir o melhor tempo, sagrando-se, assim, vencedor.

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De salientar, também, os concursos de Doces de Castanha e de Castanha da Terra Fria que todos os anos reúnem dezenas de participantes e produtores, desejosos de mostrar a qualidade inerente aos seus produtos, nomeadamente, de um que conquistou há muito o epíteto de “ouro transmontano”.

A Kapital do NordestE aproveitou para, no último dia e em jeito de balanço, entrevistar o presidente da Câmara Municipal de Bragança, entidade responsável pela organização da Norcaça, Norpesca e Norcastanha. “O balanço é positivo, tendo em conta a própria reestruturação da feira a nível da imagem, que foi muito apreciada pelas pessoas”, começou por garantir Hernâni Dias. Também “as participações que tivemos no evento, de assinalável referência, trouxeram ao território imensa gente, do país e de fora do país, nomeadamente, da vizinha Espanha, numa perspetiva clara de tratar um conceito ibérico que queremos reforçar para este evento e que, neste momento, está a ganhar expressão”, assinalou o autarca brigantino, prometendo que o município “continuará a trabalhar, cada vez mais para que, ano após ano, consigamos dar aqui um salto positivo, seja ao nível qualitativo, seja ao nível da participação das pessoas para que o evento cresça de forma sustentada e consiga ter o impacto que nós pretendemos no sentido da promoção do território, mas, também, de uma componente económica”.

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