Dois incêndios urbanos, quase em simultâneo, provocaram ontem, sexta-feira, dia 20 de dezembro, ferimentos graves numa idosa e ferimentos ligeiros numa jovem paquistanesa. Dois gatos foram, também, resgatados das chamas, mas um acabaria por falecer.
De acordo com o Segundo Comandante dos Bombeiros Voluntários de Bragança (BVB), foi recebido um “alerta para fumo a sair de um 4º andar na rua de Vale d´ Álvaro" e já na “chegada dos meios de socorro, não foi possível saber se havia pessoas no interior, pelo que acabamos por aceder ao 4º andar com recurso ao veículo escada”.
“Procederam-se a buscas primárias, tendo sido, imediatamente, identificada uma jovem, de cerca de 20 anos de nacionalidade paquistanesa, que estava refugiada numa arrecadação e, posteriormente, uma idosa com mais de 80 anos, dependente e acamada, que estava inconsciente deitada no leito”, conta Paulo Ferro, adiantando que as “equipas de socorro no local ainda conseguiram reanimar a idosa e solicitaram apoio da VMER de Bragança”. Enquanto que a jovem estrangeira ficou com ferimentos leves provocados pela intoxicação proveniente do fumo.
O incêndio terá tido origem na “aparelhagem de cozinha”, na opinião do responsável, tendo-se o fumo propagado às restantes divisões da habitação. Entretanto, foi encontrado um gato que se encontrava inanimado e sem sinais vitais como consequência da intoxicação pelo fumo. Com sérios danos provocados pelo fumo, a casa ficou sem quaisquer condições de habitabilidade.
“Ainda não estavam terminadas as operações de rescaldo quando um agente da PSP, que se encontrava a assegurar o perímetro de segurança desta ocorrência, notou uma criança com idade compreendida entre os 12 e os 14 anos, a pedir ajuda porque notou que tinha fogo na chaminé dentro de sua casa”, testemunha o Segundo Comandante dos BVB que, prontamente, dirigiu os meios de socorro para a nova ocorrência, localizada “no prédio da frente do outro lado da rua”.
Neste segundo cenário, houve idêntica necessidade de aceder com recurso ao veículo escada ao 3º andar. Já no interior, verificou-se que incêndio já havia tomado a sala desta habitação e foi a criança a informar os bombeiros dentro de casa só estaria o gato. Inanimado, mas a respirar, o animal foi resgatado e, de imediato, transportado para uma clínica veterinária na mesma rua, tendo sobrevivido.
Do incêndio resultaram danos avultados, quer na estrutura, quer no recheio da habitação, o que deixou, também, este lar sem as mínimas condições de segurança para habitabilidade.
Ajuda foi proposta pelo serviço municipal de proteção civil, mas a família composta pela mãe e pelo filho decidiram ficar, temporariamente, alojados em casa de familiares.
De referir que envolvidos nas operações de socorro estiveram 18 bombeiros, apoiados por seis veículos, para além da Polícia de Segurança Pública e da equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Bragança.
