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Eng. Jorge Nunes

António Jorge Nunes nasceu na aldeia de Refoios, Freguesia do Zoio, concelho de Bragança, a 24-07-1953. Estudou no antigo Liceu Nacional de Bragança, fez a licenciatura e mestrado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Exerceu funções públicas como técnico superior no Município de Torre de Moncorvo e de chefia no Município de Bragança. Exerceu funções privadas no setor de Construção Civil e Obras Públicas. Exerceu funções como gestor público, vogal da Comissão Diretiva do PO Norte 2020 de março de 2015 a março de 2020.

Exerceu o cargo de autarca, eleito em dezembro de 1997 para a presidência da Câmara Municipal de Bragança para o mandato 1998/2001; Reeleito para o mandato 2001/2005; Reeleito para o mandato 2005/2009; Reeleito para o mandato 2009/2013.

Distinguido com o Grau de Comendador da Ordem de Mérito, por Sua Excelência o Presidente da República a 10 de junho de 2014; Medalha de Honra do Instituto Politécnico de Bragança, a 28 de janeiro de 2014; Medalha “Brasão de Ouro do Município de Bragança” e título de “Cidadão Honorário de Bragança”, a 20 de fevereiro de 2014; Engenheiro do Ano 2012, pela Ordem dos Engenheiros da Região Norte, setembro de 2012; Medalha de Ouro da Faculdade de Direito de Lisboa a 3 de outubro de 2013; “Autarca por Excelência”, reconhecimento do Instituto Fontes Pereira de Melo, a 3 de outubro de 2013; “Medalha de Serviços Distintos, Grau Ouro” (ano de 2003) e “Diploma e Crachá de Ouro” (ano de 2013), reconhecimento da Liga dos Bombeiros Portugueses;

Por inerência de funções autárquicas, exerceu diversos cargos.  É associado ou sócio honorário de diversas instituições de âmbito social, humanitário cultural e desportivo. É autor dos livros: “Pontes Antigas do Concelho de Bragança” e “Gestão do Município de Bragança no período de 1998 a 2013”; de textos em livros e catálogos.




"HISTÓRIA BREVE DO AMANHÃ" - QUE NOVA AGENDA PARA A HUMANIDADE?

Nesta fase de pandemia que paralisa uma grande parte da atividade económica no planeta, sendo, totalmente, ineficaz o poderoso e sofisticado armamento que os países dispõem para enfrentar uma guerra biológica, que só pode ser ganha a partir do momento em que centenas de laboratórios e centros de investigação públicos e privados de todo o mundo, envolvendo muitas dezenas de milhares de cientistas, consigam descobrir as armas certas no âmbito da farmacologia. Até que isso aconteça, as nações isolam-se para reduzir a possibilidade de propagação e contaminação causada pelo Covid-19, num cenário que, em parte, nos coloca no limite dos recursos e dos valores.

A esmagadora maioria dos cidadãos está em casa, por recomendação da Autoridade Mundial de Saúde e decisão dos Governos, com o Estado de Emergência decretado na maioria dos países. Também os órgãos de comunicação social estão, neste momento, completamente focados na informação sobre a evolução da pandemia e, por esses dois motivos, pensei poder partilhar algumas reflexões para, num momento de pausa informativa, nesta fase que nos exige podermos pensar o dia de amanhã, olharmos em frente, o que não é fácil, podendo até parecer inoportuna esta decisão. Mas escolhi refletir sobre o que poderá ser a agenda da humanidade para as  próximas décadas. Na biblioteca coloquei meia dúzia de títulos para ir confrontando a linha de pensamento do investigador e historiador Yuval Noah Harari, no livro “Homo Deus” – “Breve História do Amanhã”. O exercício será feito em pequenos apontamentos sequenciais. 

 

APONTAMENTO 1

Ao longo de milhares de anos a Humanidade teve como principais preocupações: a fome, as epidemias e a guerra. Os humanos rezaram a todos os deuses, mas continuavam a morrer aos milhões, resultado da guerra, da fome e das epidemias. Ainda hoje, aos mais idosos se houve a expressão “Nossa Senhora da Serra nos livre da fome, da peste e da guerra”.

Os progressos feitos, com destaque para o século XX, na redução da fome no mundo, das mortes por guerras e pelas epidemias, em resultado da evolução científica e tecnológica, do crescimento económico, de uma maior cooperação global entre nações, da democratização crescente na governação dos povos e do papel de instituições globais como a ONU, permitiram atingir um patamar em que, pela primeira vez, se registam mais mortes por envelhecimento natural do que por doenças infectocontagiosas, mais mortes nas estradas do que nas guerras e que a obesidade mata mais pessoas do que a fome.

Há quem refira que as prioridades de sempre deixaram de o ser e que a agenda de prioridades está a ser reformulada.

E esta ideia que vamos tentar refletir, deixando desde já registado que, apesar de um progresso tão rápido face a milénios de História, persistem muitos problemas ligados as três prioridades acima referidas.

Com toda a evolução do conhecimento, da inovação, do elevado potencial de recursos da humanidade, acrescido do poder que a biotecnologia, a nanotecnologia e a tecnologia de informação proporcionam, para que preocupações a humanidade vai dirigir esse poder, ou seja, quais são as prioridades para da agenda global da humanidade para as próximas décadas

(Continua)

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